Em uma conversa com a Variety onde o assunto eram os desafios de manter a união em uma banda, o guitarrista Slash comentou:
“Uma das coisas que me orgulha nos caras do Aerosmith é que eles conseguiram manter a banda. Como fã, e como alguém que tem uma perspectiva das coisas pois também estou numa banda, o fato de eles fazerem suas coisas mas preservar a banda faz muitas pessoas se sentirem seguras”, comenta Slash, que em seguida fala sobre Keith Richards, dos Rolling Stones: “Eu acho que ele era o cara que seguia esta regra em sua cabeça – você tem que manter a banda unida, não importa o que os outros ou até ele mesmo fizesse, era algo arraigado de tal forma em seu DNA que ele conseguiu manter. E eu admiro isto pois eu era assim, não importava qual fosse a situação, eu mantinha tudo unido”.
Prossegue o guitarrista: “Mas chegou a um ponto no Guns onde havia tanta influência externa que eu simplesmente não conseguia vislumbrar ao meu redor, não conseguia ver como resolver as coisas. Muitas pessoas estavam tão envolvidas em nossa realidade, como se fizesse parte do grupo, e tudo se tornou insustentável”.
Daí o papo foi pro lado do abuso nas drogas: “Tenho que agradecer por estar apto a fazer estes shows toda noite, se ainda estivesse mantendo os mesmos hábitos de 12 anos atrás sem chance de lidar com isto, seria muito pesado fisica e mentalmente. Mas deixa eu esclarecer, é engraçado pois as drogas são uma coisa muito traiçoeira. Eu pensava nas bandas dos anos setenta pois eu cresci em meio a muita loucura, e não sabia disto na época, mas relembrando eu percebi que de todas as tretas que aconteceram 90% era movido a cocaína. Se a gente tirar a droga da equação, quantas histórias a menos teriam acontecido no mundo do rock’n’roll?”.