Recentemente o Ron “Bumblefoot” Thal concedeu uma entrevista ao portal Jornal do Commercio de Pernambuco, no qual ele fala sobre sua vinda à capital pernambucana, a relação com os fãs e seu processo de composição.
Confira a entrevista na íntegra abaixo:
A banda tocou em várias cidades brasileiras no passado e agora você tem a oportunidade de tocar em outras capitais. Recife é uma delas. Você já ouviu falar da cidade antes?
Saudações! Esta será minha primeira vez no Recife e estou ansioso. O melhor jeito de aprender sobre um lugar é “estar lá” e espero que eu possa retonar vezes o suficiente para me sentir em casa.
Você é considerado o membro mais carismático da banda pelos fãs, sempre dando atenção a todos. Você tem alguns de seus ídolos como exemplo ou isto é apenas parte de sua peronalidade?
Este é quem eu sou. Não sou uma estrela do rock. Sou uma pessoa. Eu trato pessoas como pessoas e aprecio gentileza. Eu sempre fui assim, é quem eu escolhi ser. Integridade e “ser real” são importantes para mim.
De quem foi a ideia de tocar o tema de Ayrton Senna nos shows do Brasil?
Eu estava tocando o Hino Nacional (brasileiro), e um dos assistentes de Axl recomendou que eu tocasse o tema. É muito especial e eu estou feliz que os fãs tenham gostado.
Sobre seus workshops, qual é seu objetivo principal. É ensinar algumas de suas técnicas, compartilhar experiências ou apenas se divertir?
Um pouco de tudo. Me divertir, fazer música “junto”, cantando aos pedidos do público, tocar algumas de minhas músicas, explicar um pouco do meu conhecimento de guitarra, contar estórias e responder várias perguntas. Eu gosto de fazer o que o público queira que seja.
Vocês vão se apresentar em shows inteiros com Duff McKagan. Como foram os ensaios com ele antes da turnê? Ele é um cara legal como a maioria das pessoas falam?
Eu o conheci e fiz uma jam pela primeira vez com Duff há cinco anos, em Nova Iorque, e eu o considero um amigo desde então. Ele é uma pessoa fantástica, inteligente, gentil e sua família é maravilhosa. É espetacular fazer música com ele.
Você trouxe um toque singular ao som da banda com a guitarra fretless. Vamos ver outros recursos e novidades nas músicas e álbuns futuros?
Eu não sei o que pode ser diferente nas músicas futuras. Tudo começa com o esqueleto básico da canção e o resto acontece organicamente. Uma vez que eu enlouqueço no estúdio, vamos ver o que aparece.
E quanto aos projetos pessoais? Como será seu processo de composição?
Estou muito focado no meu próximo álbum Bumblefoot. Eu tive experiências prazerosas e de dor nos últimos anos, e minhas melhores canções estão vindo disto tudo. Quando estou escrevendo música ou me apresentando, emoções sempre estão na superfície, boas e ruins, o que eu acho que pode ser difícil para as pessoas ao meu redor, incluindo fãs (especificamente se eu estiver em qualquer lugar próximo ao twitter, peço desculpas por qualquer “desabafo”). Mas isto é parte do que é necessário para dar toda sua musicalidade. Espero que as pessoas entendam isso, eles não vão conseguir m… política comigo, eles conseguem o melhor e o pior. Se você quer música real, tem que vir de cada parte sua. Eu me esforço para não arrastar as pessoas à minha escuridão pessoal, mas às vezes você não pode se segurar quando é o único lugar em que você está. Tudo que podemos fazer é tentar ser mais fortes do que as coisas que nos quebram.
Retirado de: Jornal do Commercio
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube