O Guns N’ Roses tinha um sério problemas com drogas no auge de sua fama, entre o fim da década de 80 e início dos anos 90. Doug Goldstein, empresário da banda entre 1991 e 2008, encontrou uma forma peculiar, envolvendo golfe, para afastá-los dos vícios.
Em entrevista ao podcast Appetite for Distortion, com transcrição do Ultimate Guitar, o manager contou que hospedava os músicos em resorts de golfe, geralmente afastados dos centros urbanos, durante as turnês. O guitarrista Slash chegou a demonstrar que não gostava dessa situação, em sua autobiografia, pois acreditava que Doug Goldstein fazia isso só para que ele pudesse praticar o esporte.
“O Slash falou no livro dele: ‘Dougie costumava nos colocar em resorts de golfe para que ele pudesse jogar golfe’. A verdade é: eu acordava às 5h30 da manhã enquanto eles estavam indo dormir, então não tinha nada a ver com isso”, afirmou.
Goldstein relembrou que antes de assumir o empresariamento geral do Guns N’ Roses, atuou como gerente de turnês da banda entre 1988 e 1989. Na época, a banda promovia o álbum “Appetite for Destruction”, lançado em 1987.
“Os resorts de golfe tinham a ver com o fato de que na turnê do ‘Appetite’ de 1988 e 1989, quando ficávamos em áreas mais urbanas, traficantes ficavam entrando e saindo do hotel toda hora. Já no 15° buraco do campo de golfe em Las Colinas, em Dallas… boa sorte para conseguir heroína por lá. Você não vai conseguir. Talvez a área tenha crescido um pouco hoje, mas não tinha isso naquela época”, afirmou.
Em seguida, ele reforça: “É por isso que eu os hospedava em lugares assim. Não tinha nada a ver com golfe. Na maioria das vezes, eu nem tinha tempo de jogar golfe porque ficava resolvendo alguma bagunça da noite anterior”.
O entrevistador citou que muitos detalhes sobre aqueles tempos precisam ser esclarecidos. Doug, então, completou: “Eu adoraria ter a oportunidade de sentar-me com Slash e Duff (McKagan, baixista) para explicar meu lado da história. Eu terei essa oportunidade? Provavelmente não. Está ok. Mas um de meus mantras é não olhar para trás. Dou entrevistas não para esclarecer nada sobre mim, mas para falar com os fãs”.
Goldstein, então, conclui: “Eu amo esses fãs. Muitos deles na adolescência gastavam seus dinheiros suados comprando camisetas e pôsteres e eu me beneficiava com isso. Então por que diabos, 20 anos depois, eu não responderia a perguntas sobre uma banda que era relevante para eles na juventude deles? Eu acharia que isso seria muito unilateral de minha parte e algo muito ruim a se fazer”.