De tempos em tempos, os sites da Classic Rock e da Metal Hammer se saem com matérias como “Duff McKagan: 8 songs that changed my life”, extraída da segunda das páginas e escrita por Paul Brannigan em 01/07. Enaltecendo as origens punk rock do baixista, metade das escolhas não chega sequer a três minutos de duração e cinco delas são dos anos setenta, quando o “pequeno Duff”, nascido em 05/02/64, descobria o universo musical.
Vamos logo à seleção, no padrão “faixa – play (ano de lançamento) – banda”, sempre com um trecho livremente traduzido por nós sobre as justificativas e links do YouTube:
– Bodies – Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols (77) – Sex Pistols
“Conheci uma menina legal, ela era uns quatro anos mais velha do que eu, tinha uma banda e fez com que eu me ligasse em Sex Pistols. O som de guitarra de Steve Jones não se parecia com nada que eu já tinha ouvido e a bateria de Paul Cook me ensinou a tocar. Imediatamente reconheci que esta poderia ser uma banda para chamar de minha, em vez de uma entregue por meus irmãos e irmãs. ‘Bodies’ não envelheceu em nada”.
– Pirate Love – L.A.M.F. (77) – The Heartbreakers
“Se você olhar as fotos do Guns ‘N’ Roses por volta de 1985, ou para mim, pelo menos, o modo como nos vestíamos era diretamente retirado da capa deste álbum de The Heartbreakers. ‘Pirate Love’, em especial, simplesmente dialogou comigo com aquelas batidas furtivas e guitarras cruas”.
– Gimme Some Skin – I Got A Right [Single B-Side] (77) – The Stooges
“Depois dos Pistols e Heartbreakers, descobri The Stooges. Fui retroativamente. Comprei o single com ‘I Got A Right’ e ‘Gimme Some Skin’, que ainda tenho em algum lugar, quando tinha talvez quatorze anos, e ‘Gimme Some Skin’ simplesmente parecia a música mais hardcore e agressiva. Foi uma lição de como tocar rock’n’roll”.
– Immigrant Song – Led Zeppelin III (70) – Led Zeppelin
“Eu tinha irmãos e irmãs mais velhos, então ouvia Led Zeppelin, The Beatles, James Gang e Sly And The Family Stone em casa antes de eu realmente conhecer música. De criança, tocar ‘Immigrant Song’ era inimaginável e você sabia que possivelmente não conseguiria tocar daquele jeito, mas todo mundo conseguia cantar junto aquele maravilhoso grito de abertura de Robert Plant”.
– New Rose – Damned Damned Damned (77) – The Damned
“Os primeiros discos do The Damned simplesmente me impressionaram. Todas as composições neste álbum simplesmente detonam e ‘New Rose’, obviamente um cover feito pelo Guns ‘N’ Roses mais tarde, me atraiu por causa da bateria de Rat Scabies e da maneira como Brian James tocava guitarra. Eu me sentei perto de Rat Scabies numa cerimônia de premiação uma vez e ele é o cara mais engraçado do mundo!”.
– Ace Of Spades – Ace Of Spades (80) – Motörhead
“Eu era um punk de Seattle e todos nós escutávamos AC/DC, Cheap Trick, The Sweet e Montrose – qualquer coisa rock, nós curtíamos. Mas quando ‘Ace Of Spades’ saiu em sete polegadas, foi como um ‘Puta merda!’. Ela nos mostrou haver um caminho totalmente novo que podíamos trilhar. Não conheço um roqueiro que não tenha sua trajetória e perspectiva mudadas por ela”.
– Something In The Water (Does Not Compute) – 1999 (82) – Prince
“Este play era enorme para mim. À época, eu ainda estava morando em Seattle e a heroína havia dizimado toda a minha cena – minha namorada, meu colega de quarto, os caras na minha banda – e este disco foi um escape para mim. Todo mundo tem aquele álbum que ‘salvou sua vida’, 1999 me fez perceber que eu tinha que deixar Seattle se quisesse ser um músico e ele me deu a coragem para fazê-lo”.
– 6 ‘N The Mornin’ – Rhyme Pays (87) – Ice-T
“Fui ver o primeiro show de rap em Seattle, por volta de 1982, com Grandmaster Flash And The Furious Five e foi legal pra cacete! O disco do Ice-T saiu mais ou menos quando estávamos fazendo Appetite For Destruction… e era uma das trilhas sonoras da época. ‘6 ‘N The Mornin’’ saiu antes disso e simplesmente é uma grande narrativa”.