Pode parecer estranho quando se pensa no tamanho de uma banda como o Guns N’ Roses, mas Slash prefere mesmo se apresentar em lugares menores. E não em estádios lotados.
O guitarrista de 53 anos, acompanhado da banda Myles Kennedy & The Conspirators, começa nesta terça-feira (21) uma turnê por oito cidades brasileiras. Estará mais à vontade.
“Desde que começamos a tocar juntos, em 2010, tocar em lugares menores com eles é a norma. Eu gosto mesmo de ter mais intimidade com o público. Esse sempre foi meu tipo de lugar favorito”, conta ao G1 por telefone.
“Estou acostumado. Falando a verdade, a turnê com o Guns N’ Roses foi a primeira vez em que eu fui atração principal em um estádio em 20 anos”, diz Slash, antes de uma breve risada. “Mas para mim o ideal é de 2 mil a 5 mil pessoas.”
Não que os locais pelo qual passará na turnê atual sejam assim tão pequenos. O Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, tem capacidade para 30 mil pessoas. Mas o resto dos shows acontece em casas um pouco menores, como o Espaço das Américas, em São Paulo, com plateia de 8 mil pessoas.
Algo definitivamente mais modesto comparado a apresentações do Guns N’ Roses, que em 2018 chegou a bater recorde na Suécia com um público de mais de 64 mil pessoas.
Só uma do Guns
Quem comparecer aos shows não deve esperar muitos sucessos de sua banda mais conhecida. Se em 2015, ainda antes de reatar com Axl Rose, ele tocava diversas canções do grupo, na turnê atual tem se limitado apenas a “Nightrain”.
Grande parte do repertório então é dedicado aos três discos lançados com o Conspirators. Segundo Slash, não se trata de renegar a carreira com o Guns, mas uma reação ao próprio público. A maior parte do show é composta de canções de “Living the dream”, lançado em 2018.
“Não estamos tocando essas músicas há tanto tempo. Começamos com umas três [nos shows], mas fomos aumentando e agora acho que uns 80% da apresentação é do álbum, que foi se tornando muito popular com os fãs.”
Desde a composição e ensaios até a gravação, a produção do disco aconteceu entre janeiro e abril de 2018, com direito a pausa para viajar com o Guns.
“Foi um processo bem rápido, na verdade. Ele foi escrito na maior parte na estrada, que é de onde tiramos a maior parte das ideias sempre. As maiores diferenças para esse álbum são que ele foi o primeiro gravado no estúdio que eu mesmo montei, e foi a primeira vez que gravei digitalmente,em vez de analogicamente.”