Doug Goldstein, ex-empresário do Guns N’ Roses, falou em entrevista ao podcast Guns N’ Roses Central (transcrição via Alternative Nation) sobre o Slash’s Snakepit. A banda paralela ao GN’R foi montada pelo guitarrista Slash em 1994, dois anos antes de deixar seu grupo principal.
O álbum de estreia do Slash’s Snakepit, “It’s Five O’Clock Somewhere” (1995), também contou com dois músicos ligados ao Guns N’ Roses: Matt Sorum, que ainda fazia parte da banda, e Gilby Clarke, que foi demitido também em 1994 e passou a integrar apenas o novo projeto. Apesar do line-up estrelado – completo por Mike Inez no baixo e Eric Dover nos vocais -, o resultado final não agradou aos executivos ligados ao GN’R, segundo Doug Goldstein.
“Tom Zutaut (executivo da gravadora Geffen) não falaria a Slash que ele não curtiu. Então, ele me ligou e disse: ‘você precisa contar a ele, você é o empresário dele’. Eu falei: ‘você é o cara da gravadora, como assim?’. Ele respondeu: ‘não vou arruinar minha relação com ele, mas não vamos lançar da forma que está'”, contou o empresário, inicialmente.
Após contato de Tom Zutaut, o presidente da Geffen pediu para que Doug Goldstein conversasse com Slash. O empresário teve cuidado com as palavras ao falar com o guitarrista. “Eu apenas disse: ‘nas letras, você pode querer dar uma olhada em algumas; musicalmente, eu gostei, mas a gravadora tem um problema com o material'”, revelou.
Apesar do sentimento negativo generalizado a respeito do Slash’s Snakepit, Doug Goldstein contou que o vocalista do Guns N’ Roses, Axl Rose, desejava o êxito do projeto. “Axl queria que fosse um bom álbum. A realidade é que isso daria um tempo para Axl relaxar um pouco, tirar o foco das coisas do Guns e ter uma vida. Ele não queria que o projeto fracassasse”, afirmou.