Vivendo uma das melhores fases de sua carreira solo, o virtuoso guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal tem entrado em diversos projetos após a saída do Guns N’ Roses. Do último álbum, muitos elogios e dois ótimos clipes, além da participação em bandas como Art Of Anarchy, Metal Allegiance e Fragile Mortals.
Nesta última, faz parceria com os músicos do Generation kill (que tem o ex-Exodus Rob Dukese) e com Darryl (DMC), do renomado grupo Run-D.M.C.
“Eu conheço Rob Dukes (Generation Kill) há bastante tempo. Ele me ligou para me contar sobre um novo projeto com o DMC e perguntou se eu gostaria de mixar e produzir. Nós nos encontramos em um estúdio em NYC, eu trouxe a minha guitarra, ouvi a música que eles estavam trabalhando, comecei a tocar com eles e tudo começou a partir daí. A banda se chama “Fragile Mortals” uma colaboração de DMC e Generation Kill, eu adicionei alguns solos de guitarra e fiz a produção final. Nós vamos começar a disponibilizar os singles no Verão e lançar o álbum completo no outono”, disse Bumblefoot.
Do último álbum de Bumblefoot, “Little Brother Is Watching”, lançado no final de 2015, dois ótimos clipes já foram disponibilizados, com destaque para “Don’t Know Who To Pray To Anymore”.
“Don’t Know Who to Pray to Anymore é um verdadeiro retorno ao formato de vídeo das músicas épicas. Tramas que mostram personagens em diferentes fases da vida, desde a infância até a maioridade, atingindo um “fundo do poço” emocional e confrontados com uma decisão que pode levar à uma mudança de vida. As histórias são deixadas em aberto, então você pode pensar em qual escolha você faria. Esta canção fala para aqueles que se sentem perdidos, traídos e/ou desiludidos quando questionados sobre tudo em que acreditamos… quando começamos a nos atacar e nos punir. É uma canção sobre estar no nosso purgatório pessoal: sabemos que precisamos nos curar, mas não estamos pronto para deixar isso”, afirmou Bumblefoot.
Outro projeto que está em andamento é o Metal Allegiance, banda que tem além de Bumblefoot, os músicos Mike Portnoy (bateria), Mark Menghi (baixo), Alex Skolnick (guitarra) e três vocalistas, Chuck Billy (Testament), Mark Osegueda (Death Angel) e Chris Jericho.
“Eu conhecia Mike Portnoy e alguns dos envolvidos e Mike me convidou para colocar um solo em uma das canções para o álbum de Metal Allegiance. A banda começou a turnê tocando o metal clássico que todos crescemos ouvindo como Iron Maiden, Judas Priest, Ozzy, Accept, Motorhead, Van Halen, Black Sabbath, Sepultura… é um grupo de músicos metaleiros celebrando a música que amamos”, ponderou o músico.
Bumblefoot e Kiko Loureiro
Leonardo Caprara: Você vai estar no Great Guitar Escape com outros grandes músicos. Em eventos como este, quais as principais perguntas dos participantes? Existem muitas dúvidas sobre fretless? Participará também Kiko Loureiro, que em algumas oportunidades elogiou muito você, sendo agora um dos poucos brasileiros em uma banda internacional. Como você vê o trabalho de Loureiro?
Bumblefoot: Kiko é uma pessoa maravilhosa e músico fenomenal! Ele é muito respeitado no mundo da guitarra, sempre foi. Megadeth sempre tem o melhor dos melhores guitarristas e Kiko continua esta tradição. 
No Great Guitar EWscape (greatguitarescape.com) vamos nos concentrar em todas as coisas relativas à guitarra… Antes desse evento, há o Corfu Rock School (CorfuRockSchool.com) entre 5 e 12 de julho na bela ilha grega de Corfu, Grécia. Nós passaremos uma semana juntos trabalhando em composições, guitarra, canto, passeando pela cidade, indo à praia, aprendendo canções e tocando juntos em clubes locais na ilha. Muita diversão!
Bumblefoot no cinema
Leonardo Caprara: E a experiência como ator em “Clean Cut”, como foi? Você é muito autêntico e natural no palco, conseguiu levar isso pro cinema também? Nesta história, você é vilão ou mocinho? (os brasileiros vão torcer para você em qualquer um dos dois)
Bumblefoot: A parte mais difícil é lembrar todas as falas do script, mas é tudo muito divertido!! Eu atuo como um vizinho irritante no filme e sou assassinado, haha. Também compus a trilha sonora do filme.
Trailer:
Bumblefoot em projetos filantrópicos
Leonardo Caprara: Você participa de projetos filantrópicos como na canção “Devil On My Shoulder”. Como você consegue conciliar tantas iniciativas?
Bumblefoot: A melhor parte de ser um músico é quando você pode usar o que você faz para ajudar os outros. Eu escrevi essa música com o meu bom amigo o vocalista/guitarrista Milan Polak, com David Ellefson (Megadeth) no baixo e Thomas Lang na bateria. Nós estamos doando tudo para a Road Recovery, uma organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar a batalha de jovens contra a dependência química e outras adversidades aproveitando a influência de artistas que compartilham suas histórias, conhecimentos e recursos. Eu tenho trabalhado com a instituição em Nova York, fazendo jams e compartilhando experiências pessoais relacionadas à superação de desafios.
Leonardo Caprara: Você é um músico consagrado e um dos melhores do ramo. Estar trabalhando em projetos com jovens, através do Bumblefoot Rock Project, é uma iniciativa muito interessante. Como é, além de ser ídolo, ser mentor de jovens músicos?
Bumblefoot: Ensinar sempre foi importante para mim. Experimentar e compartilhar músicas é tão importante quanto mostrar como fazer música. Tudo o que eu aprendi, eu compartilho. Adoro ver as pessoas inspiradas e vê-los inspirando outros. Eu faço muitos workshops e planeja construir o “Acampamento de Música Bumblefoot” (Bumblefoot Music Camps), onde podemos passar uma semana juntos aprendendo e criando e tocando.
“Bumblefoot Rock Project” é uma escola no Reino Unido que foca na experiência completa de uma banda para os jovens. Eles têm aulas dos seus instrumentos, mas também formam bandas, escrevem e gravam músicas, tocam em concertos, fazem clipes e tudo que uma banda faz.
Banda Art of Anarchy
Leonardo Caprara: Após a morte do vocalista Scott Weiland, como está o projeto Art Of Anarchy? Ele continuará?
Bumblefoot: Estamos escrevendo e gravando o próximo álbum e se tudo correr como o planejado, ele estará terminado no verão. Nós temos um novo cantor, estamos escrevendo e gravando juntos dia e noite no meu estúdio durante a nossa turnê. Em maio ou junho, devemos ter algo para que todos possam ver e ouvir.
Bumblefoot e o Brasil
Leonardo Caprara: São muitos projetos, é até complicado falar sobre tudo. O que mais podemos esperar de Bumblefoot para este ano?
Bumblefoot: Neste ano, passo a maior parte do meu tempo no estúdio com o Fragile Mortals e o Art Of Anarchy além de algumas turnês, mas eu TENHO que voltar ao Brasil! Sinto muita saudade de todos vocês e quero vê-los! Espero que possa acontecer em breve…estou sempre pensando, sinto falta e amo todos vocês! Espero vê-los em breve
