Acostumado a dividir atenções no palco, o guitarrista Slash volta ao Brasil com uma novidade: agora, ele é a estrela da própria banda.
Aos 49 anos, ele diz estar bem com os Conspirators, grupo comandado pelo vocalista Myles Kennedy e com quem ele lançou em 2014 seu terceiro disco solo, “World on Fire”.
“Nesse ponto da minha carreira, foi um alívio encontrar Myles e os rapazes”, disse o britânico à Folha. “É bom estar com quem você tem vontade de trabalhar.”
Embora sem precisar dizê-lo, Slash faz alusão aos climas conturbados que viveu em suas bandas no passado. Alçado ao estrelato com o Guns N’ Roses no fim da década de 1980, o músico deixou a banda em 1996, após desavenças com o cantor Axl Rose.
No início dos anos 2000, Slash se reuniu com alguns dos ex-parceiros de Guns e com o vocalista Scott Weiland, do Stone Temple Pilots, para formar outro grupo de sucesso, o Velvet Revolver.
Os problemas com Weiland, porém, deixaram a banda sem cantor e num hiato que dura desde 2008.
Não é de se estranhar, portanto, que Slash tenha se lançado como artista solo depois disso, com seu primeiro disco saindo em 2010 e o segundo, em 2012.
Os três álbuns têm em comum sua longa duração, algo raro na música pop. “World on Fire”, por exemplo, tem em torno de 1h15.
“Eu não faço meus trabalhos me baseando no que é considerado descolado atualmente”, afirma.
Para ele, a satisfação com as composições é tão grande que não há necessidade de cortar músicas do disco, e aponta a afinidade com a banda atual como a razão por trás disso.
“Qualquer coisa que eu crio, eles conseguem acompanhar. Não importa quão louca seja minha ideia.”
Por isso, “World on Fire” é um disco tão diverso, com estilos que vão do hard rock ao heavy metal, passando por baladas mais lentas.
NA ATIVA
Os seis shows de Slash no Brasil (Rio, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e SP) refletem bem o espírito de disposição do músico.
No último ano, por exemplo, ele fez uma turnê de verão com o Aerosmith e se apresentou na Câmara dos Comuns, no Parlamento britânico, numa ação para divulgar um projeto musical do governo local.
Além disso, em 2013 ele lançou “Nothing Left to Fear”, a primeira obra de sua produtora de filmes de terror, a Slasher Films. A trilha sonora é de sua autoria e já há um novo longa para este ano.
A correria faz com que o músico tenha que apelar ao próprio celular para compor. Todas as músicas de “World on Fire” surgiram na estrada, e algumas foram gravadas no aparelho, de maneira improvisada. “Meu celular é como minha guitarra, está sempre comigo.”
Por estar tão produtivo nos últimos anos, parece não gostar muito de falar sobre o passado. O Velvet Revolver, segundo conta, não voltou a se reunir ainda pela ausência de um vocalista. “Mas há sempre uma possibilidade”, diz, seco.
Sobre o Guns, Slash diz apenas se cansar de responder as mesmas perguntas. “Quando são fãs me perguntando sobre isso, eu não ligo. O problema é que normalmente são jornalistas sem assunto.”
SLASH EM SP
QUANDO 22 de março
ONDE Espaço das Américas, r. Tagipuru, 795, (11) 3864-5566
QUANTO R$ 240 a R$ 420, pelo www.ticket360.com.br ou na bilheteria
CLASSIFICAÇÃO 16 anos; menores de 12 a 15 anos acompanhados
Retirado de: ILUSTRADA
Por: Axl Rose – Fã Clube
2 comentários
[…] A entrevista à “Ilustrada”, no entanto, já havia sido dada meses antes. Na época, não foram passadas exigências prévias —daí ter-se perguntado sobre uma possível reunião com as bandas Guns N’ Roses e Velvet Revolver. […]
slash é o melhor de todos….