Mike Ragogna do HuffingtonPost.com entrevistou recentemente o tecladista do Guns N’ Roses, Dizzy Reed. Confira:
Mike Ragogna: O DVD Appetite For Democracy em 3D do Guns N’ Roses, gravado ao vido no Hard Rock Cassino, foi lançado recentemente. Você acha que esse lançamento é uma boa representação do que estava acontecendo nesse período todo na banda?
Dizzy Reed: Sim, com certeza. A primeira e a ultima residência que fizemos foram duas grandes experiências. Eu acho que a banda estava explodindo para todos os lados. Estávamos a todo vapor e eu acho que a pegada do DVD foi ótima. É quase a próxima melhor coisa de estar aqui (em Las Vegas).
MR: Houve algo que te surpreendeu quando você o assistiu?
DR: Nem tanto eu acho, apenas o fato de que haviam várias imagens boas de mim.
MR: (Risos) E sobre o desempenho? Você se sentiu particularmente bem naquela noite?
DR: Acredito que sim. Eu pensei que toda a banda estava definitivamente bem naquela noite, mas eu acho que chegamos a um ponto em que estamos sempre bem. É como eu sempre digo, se você tem pessoas suficientes na banda como nós, você vai ter uma boa noite todas as noites. Há muitas vezes em que eu subo no palco não muito ligado, do tipo “Eu não sei, cara, esse foi um show horrível”, e alguém diz, “Ah não, cara, esse foi um ótimo show”, e vice versa. Nós sempre temos um bom show.
MR: Há segmentos da história do Guns N’ Roses que realmente trazem diferentes aspectos da banda. O que houve nas gravações dos “Use Your Illusion” que ressoam com você?
DR: Apenas ser uma parte dela. Até aquele momento, eu havia apenas sido um grande fã daquela banda. Eles eram a maior banda do mundo naquela época. Eu tive que me beliscar algumas vezes, sério. Objetivamente, olhando para trás, a banda estava fazendo o que precisava ser feito. Para crescer musicalmente, para manter esse elemento perigoso envolvido, mesmo que atingindo a massa, o que fez a máquina continuar crescendo. Contando também com tudo o que a banda já tinha feito. Foi muito bom para mim ser capaz de me juntar a isso e eu sou feliz por ter sido capaz de fazê-lo com sucesso. Eu acho que esses dois discos realmente representaram uma mudança na música, ficando longe da cena de rock, metal e glam que rolava em Hollywood. Alguns até tinham um poder de permanência, mas um monte não tinha, e eu acho que colocamos um pouco mais de importância na Sunset Strip (famosa rua onde se localizam os bares e pubs mais famosos da Califórnia e até dos Estados Unidos se tratando da cena Rock N’ Roll).
MR: O que o levou até o Guns N’ Roses?
DR: Eu acho que foi uma progressão natural. Eu era um grande fã da banda, e eu estava em uma outra banda chamada The Wild. Nós nos encontramos em um estúdio de ensaio e eles estavam ensaiando ao nosso lado. Axl era pianista, logo nós nos demos bem. Lembro-me de quando eu estava sentado no meu caminhão – quando eu ainda tinha um – e era o aniversário dele, então nós o esperamos até as seis da manha para que pudéssemos ir para a Seven Eleven (famosa loja de conveniência nos EUA) para comprar-lhe uma cerveja, pois entre as 2:00 e as 6:00 você não pode comprar bebida alcoolica no Texas. Ele me ouviu tocando teclado em uma manhã, eu acho que eu acordei porque ele estava dormindo no estúdio. Eu estava tocando a música “Bad Company” e aquilo realmente o tocou naquele momento. Ele disse que eu ia ser o cara, e que eles precisariam de um tecladista quando o Use Your Illusion fosse sair. Ele tinha todo esse plano em prática. Você ouve coisas sempre, mas ele manteve sua palavra e aqui estou eu.
MR: Você acha que o Guns te lançou
DR: Eles me lançaram, eu não estaria aqui se não fosse por eles, sem dúvidas. Quem sabe onde eu estaria?
MR: Agora você tem um EP com o The Dead Daisies, Face I Love. Como o projeto se compôs?
DR: Bem, eu estava na Australia com o Guns e estávamos em turnê com o ZZ Top e o Rose Tattoo, que foi ótimo. Nas nossas noites de folga ouvi dizer que o Richard Fortus estava saindo e fazendo alguns shows com o The Dead Daisies. Eu perguntei a ele sobre isso e ele me disse que estava na banda com Charley Drayton, Marco Mendonza e Jon Stevens, e esses eram caras que eu sempre quis tocar, então eu disse: “Ei, se vocês estiverem procurando por um tecladista”, e, eventualmente, eles me convidaram e tudo tem ido muito bem desde então.
Retirado de: HuffingtonPost.com
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube
1 comentário
Parece existir um respeito mútuo, entre Axl e Dizzy.
Assim como o restante da banda também.
Más minha admiração por ele, é pela permanência dele na banda haja oque houver.Um profissional fantástico…