Em uma recente longa conversa com Mikkel Elbech, para o seu site, o guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal, além de ter falado sobre o esperado novo álbum do Guns N’ Roses, falou também sobre os carinhosos e bagunceiros fãs da banda, sua difícil entrada para o Guns N’ Roses, as consequências do acidente sofrido em 2011 e o desejo de ter morrido naquele momento. Confira tudo isso e muito mais abaixo:
Viagens ampliam mesmo a mente:
O Guns N’ Roses fez dois shows em Março, nos Emirados Árabes e no Líbano. Como você se sentiu ao tocar lá?
Bumblefoot: Não foi a primeira vez que tocamos nos Emirados e eu já estive lá. Então, estava começando a me sentir em casa. O Líbano foi algo que eu definitivamente estava ansioso, porque foi a minha primeira vez e nossa primeira vez juntos. Você não sabe o que esperar e as pessoas sempre enchem sua cabeça com idéias – suas próprias idéias – e é sempre as pessoas com menos experiência que têm as opiniões mais fortes. Sempre. E as opiniões mais severas.
Qual o tipo de gente que você está falando aqui?
Bumblefoot: Qualquer pessoa. Todo o ser humano em todas as esferas de sua vida. Seja família, amigos, estranhos, pessoas de negócios ou pessoas que não têm nada a ver com nada. Eles terão as opiniões mais fortes para te dar sobre as coisas que eles têm menos experiências. Eles vão te dizer como vai ser as coisas e o que eles querem ver. Só que eles nunca vão estar lá. Eles vêem no noticiário. Se for notícia, é porque é algo fora do normal, a situação mais extrema está acontecendo. Eu vou para Israel e as pessoas dizem: “não vá, todo mundo só está jogando pedras uns nos outros o tempo todo!” e então eu vou para o Líbano, e eles dizem: “não vá, eles vão atirar em você, porque, você sabe, você é você – você é um judeu americano, eles vão te matar!”.
Isso é uma coisa muito forte para se ouvir.
Bumblefoot: É. E você percebe que não se trata de ser um judeu. É sobre ser uma pessoa. Somos todos pessoas em primeiro lugar, e tudo mais é só um rótulo que não define quem somos. Quanto mais viajo, mais faço turnês, e quanto mais pessoas que conheço em diferentes partes do mundo, mais percebo que todos nós temos um espírito em comum. E tendem a ser complicados pelas tantas coisas aí fora. Há tantas coisas que nos aproximam, e é uma pena que quando vemos coisas que nos separam, ou as coisas que nos fazem diferentes e nos olham como algo ruim. Todo mundo é diferente, mas todo mundo é o mesmo ao mesmo tempo. Há coisas que nos tornam únicos, existem as coisas que nos tornam individuais, no entanto, elas fazem parte de uma teia da humanidade que é verdadeiramente um ser. É bom reconhecer e aceitar tudo isso. Provavelmente, a melhor coisa de quando eu saio em turnê para os lugares é ouvir as pessoas te dizerem que você não é bem-vindo. Você percebe que todo mundo tem as mesmas coisas no seu espírito, que eles querem e precisam, assim como os seres humanos. E é consistente. É algo que faz parte da nossa genética, parte da nossa Constituição, parte de tudo, e é com todo mundo. E tendemos a perder de vista isto tudo, mas se você tirar a besteira, todas as pequenas coisas, toda a porcaria do dia-a-dia, tudo o que nos é dito por algum outro motivo, você verá que somos uma existência em comum. Todo mundo está meio amarrado.
O que está faltando entre as turnês do Guns N’ Roses:
Já se passaram alguns meses desde o último show do Guns N’ Roses. O que você mais sente falta de tocar com eles, o que você não tem por enquanto?
Bumblefoot: Eu sinto falta do pessoal. Sinto falta da banda. Sinto falta de um monte de fãs que saem a cada show e que eu vou ver em cada show. Os rostos familiares. Muitos deles ficam no mesmo hotel que a gente, e nós aparecemos um pouco no bar.
Eles perseguem você de forma amigável?
Bumblefoot: Sim, depois de um certo ponto parece que eles são parte de toda a equipe. Sabe, eles são amigos da minha esposa. Nós saímos, e é bom.
Eu me lembro que você me disse, há seis anos, que você gostava de tocar “Chinese Democracy”, porque você tem que tocá-la com a guitarra fretless. Então, nos dias de hoje, qual é a música que você está ansioso para tocar ao vivo de novo?
Bumblefoot: Há muita coisa. Honestamente, eu realmente aprendi a curtir tocar as canções do “Chinese Democracy”. Acho que, tendo a double-neck, sou capaz de fazer tudo o que eu gosto de fazer. Posso pegar partes de coisas velhas. Coisas em “Rocket Queen”, “You Could Be Mine”, “Jungle” – alternando os braços. Mas definitivamente, “Better” e “Shackler’s Revenge”.
Eu sei que você tem algumas coisas com os caras da banda quando não estão em turnê. Você se divertiu com esse projeto nos últimos meses?
Bumblefoot: Chris foi meu primeiro amigo da banda – desde antes de eu entrar para a banda. Em 2004. Naquela época estávamos conversando, e ele foi o primeiro cara que me abraçou quando eu entrei no Guns N’ Roses! Ele é meu irmão. Ele é um cara muito artístico, um grande pintor, grande artista. Muito interessado com música eletrônica. Grande cantor também e compositor. Sua banda, SexTapes – não sei se você ouviu esse álbum, mas é muito fantástico. A única maneira que posso descrevê-lo é quando Tool encontra o David Bowie. Isso é o que eu ganho quando o ouço. É muito legal. Então, eu tenho algo com Frank e Chris. É invenção de Chris – o seu bebê. É música eletrônica onde ele traz todos esses elementos do rock. Eu toco guitarra ao vivo, Frank toca bateria ao vivo e Chris faz todos os sons loucos e ele fica como dj. É chamado Blowout. Fizemos um show no Brasil, e foi divertido pra caramba. Eu espero que possamos fazer mais disso. Esse foi um grande momento, nós três nos divertindo.
Os três primeiros anos difíceis:
Então, quando nós fizemos a nossa primeira entrevista, você estava na banda fazia um ano. A segunda entrevista foi há três anos atrás, quando você me disse que “não era mais o cara novo”. Agora você está na banda há mais de 7 anos. Como você se enxerga?
Bumblefoot: Então, eu fui de o novo cara, para o não cara novo, então acho que agora isso me faria o cara velho! (risos)
Mas acho que você ainda é o membro “mais novo” da banda.
Bumblefoot: DJ é o mais jovem.
Ah, sim, claro. Desculpe.
Bumblefoot: Então, eu acho que eu sou o segundo mais jovem. Somos os dois bebês da banda.
Como é fazer parte de algo, depois de sete anos? Como Tommy poderia vir e, “pfff, você é uma criança!”.
Bumblefoot: Eu sempre me senti meio que na banda. Mas agora acho que os outros caras sentem que eu sou de verdade parte da banda, e não aquele “novo cara que chegou”. Se eles admitissem ou não, concordassem ou não, você sabe, eu não estava realmente “cicatrizado” na banda. Eu era Morrie em “Os Bons Companheiros” (Goodfellas). Todos passaram por esse processo. Eu poderia ter sido tão agradável quanto eu pude e andar junto do negócio – mas eu nunca seria. Acho que agora, neste momento, estou mais aceito. Eu não acho que vou ser totalmente aceito, honestamente.
Sério?
Bumblefoot: Eu não penso assim. A maneira como eu vim para ela, e as coisas que transpareceram no início – e até mesmo relacionamentos antigos que eu tive – tudo disso… se eu for completamente honesto – e talvez não seja eles, talvez seja eu, talvez seja como me sinto sobre isso e talvez seja só eu passando por cima deles e dizendo que é isso que sentem – mas na minha opinião, eu penso que, eu não sei se algum dia serei totalmente parte da banda. Não acho que eu sou um cara que eles vão chamar e dizer, “Ei, você quer sair?”, ou “Ei, eu estou trabalhando no meu material solo – quer participar de uma música?” ou, “Ei, eu estou indo para a cidade, vamos juntos!”. Não acho que serei eu o primeiro cara da banda que eles vão chamar. E sabe, talvez seja porque eu tenho sido uma dor de cabeça na banda! Talvez se fosse o contrário, eu não iria me chamar também. Porque não tenho sido o mais fácil.”
De que maneira?
Bumblefoot: Bem, na primeira vez que eu me juntei a banda, eles não me queriam nela. E não sou eu – eles não queriam um terceiro guitarrista. Porque naquela altura eles tinham trabalhado para dois guitarristas. Então, de repente o antigo manager aparece um dia, e diz que a turnê é, tipo, daqui a duas semanas. Ele disse, “novo guitarrista de vocês está vindo”. E eles ficaram como, “o que – que porra é essa?” e eu apareci, e eles nem sequer me olharam. Para essa primeira turnê, você sabe, eu era tratado como merda. Como merda absoluta. Eles realmente não falaram comigo. Se eu falava, eles viravam a cara e saiam da sala. Me senti o mais indesejado possível. Até que, finalmente, eu tive que ficar um pouco violento. E então eles começaram a perceber que eu não ia embora. Eles iam se machucar.
De que forma?
Bumblefoot: Fisicamente.
É mesmo?
Bumblefoot: É. Então eles perceberam que não poderiam me intimidar, e que eu iria lutar em um nível que não estavam preparados. E então eles começaram a se soltar do quão desagradável eles estavam. Foi cerca de três anos antes deles realmente começarem a aquecer e a falar comigo. Mesmo sobre as coisas naquela época. Porque eu não sabia o motivo deles serem tão frios comigo, e eu percebi que eles não tratariam ninguém dessa forma. Foi um conjunto de circunstâncias, uma falta de comunicação da gerência que estava lá na época, que ajustou para que isso fosse quase um estranho jogado no ninho.
Se você não se importa de eu perguntar, Axl fazia parte de tudo isso, nos três primeiros anos?
Bumblefoot: Acho que o Axl gostou que eu fosse um lutador. Eu acho que sim. Porque, mesmo antes de me juntar a banda, eu estava meio que em uma luta com gestão em 2004, e eu estava oscilando. E ele me disse que ele gostava disso. Acho que as palavras exatas que ele disse foram que “minhas bolas fazem clangor” – que elas são de bronze! (risos) Mas ao mesmo tempo, eu acho que Axl não percebeu a extensão disso tudo. E eu disse a ele “Olha, se eu tiver um problema com as pessoas, não vou falar com você sobre isso – eu vou cuidar disso sozinho, e não vou te incomodar com isso – é entre mim e eles”.
Então ele não fazia parte do bullying?
Bumblefoot: Não, ele foi muito legal comigo desde a primeira vez que estávamos em um quarto tocando juntos. Ele sempre foi bom para mim.
Após o acidente de carro:
Então… yeah. Essa foi a parte sem scripts.
Bumblefoot: Eu até poderia continuar. Quanto ao por que deles não poderem querer me chamar. Quando tive o acidente de carro (em 2011), eu fiquei drogado por um bom ano, carregado com esteroides e analgésicos e álcool e todas as combinações que você pode imaginar. Eu tinha constantes dores e estava um pouco machucado devido a contusão, e eu não estava em mim mesmo. Eu estava muito doente e fiquei muito irritado e muito ressentido que tive de sair em turnê e manter toda a banda reunida quando eu precisava me curar. Porque eles não – não – fazem isso sem mim, tudo isso.
Você foi forçado a sair em turnê?
Bumblefoot: Bem, não é que eu fui forçado. Eu tive que tomar a decisão de manter o Guns N’ Roses completo ou tomar conta do meu corpo. E tenho uma lesão nos nervos em ambos os braços, e eu vou sentir dor o resto da minha vida… Mas mantive o Guns N’ Roses vivo. E esse foi o trade-off.
Como você se sente sobre essa situação toda, depois de dois anos?
Bumblefoot: Bem, depois de um ano eu tive que passar 112 dias, por uma limpeza muito rigorosa para tirar todas as drogas, resíduos e tudo do meu corpo. E eu tive que começar a ler, como parte da limpeza, muitos livros de gurus indianos, e Richard recomendou muitos livros para mim e para todos os tipos de coisas para me ajudar. Só para colocar a minha cabeça no lugar certo e passar por tudo isso, para, meio que, ficar são novamente. Porque, quero dizer, quando você se tortura por um ano – estresse pós-traumático é uma coisa real, e ter sido completamente dissociado e se tornado muito imprudente e destrutivo – o passado é um momento muito difícil. E eu tentei cometer suicídio na turnê em 2011.
Sério?
Bumblefoot: Não funcionou! (risos) Obviamente.
O que você fez?
Bumblefoot: Uh… Eu não sou muito de beber, mas eu tentei beber até a morte. É. No quarto de hotel em Nova York. E, só… Não disse a ninguém que o meu objetivo era morrer. Bebi tanto quanto eu podia o mais rápido que pude. Deitado na cama, cruzei as pernas, coloquei minhas mãos no meu peito e esperei a morte. Só esperando o envenenamento do álcool me levar. Não funcionou. E houve uma semana muito difícil depois disso. E isso tudo por causa desse maldito acidente de carro.
Yeah.
Bumblefoot: Quero dizer, mesmo depois do acidente de carro, eu não podia levantar os braços. Eu tive que reaprender a mover todo o meu corpo. Eu tive que reaprender a pegar as coisas. Como dormir, como andar, como sair de uma cadeira. Eu tive que mudar tudo. Você tem que relaxar esse músculo, você tem que puxar os ombros para trás e dobrar seu pescoço. Eu tive que reaprender a me mover – caso contrário iria aparecer a ferida de novo, e então você estava sofrendo por um mês. Então, imagine isso e depois coloque uma double-neck de 30 kg no pescoço e tente correr pelo palco durante três horas. Tudo o que posso dizer é que – e digo isso o tempo todo, quando as pessoas dizem, “se você tivesse um desejo na vida, qual seria?” – É que a mulher tivesse dirigido mais rápido. E terminado a porra do trabalho. Se eu tivesse escolha, eu preferiria nunca viver assim.
Sério?
Bumblefoot: Absolu-foda-mente. Se eu pudesse ter um desejo, era que eu tivesse morrido naquele acidente. Mas, eu não tive. E eu estou aqui agora. Assim como a parte do que é feito. Então, agora é sobre fazer a paz com o mundo, com você mesmo, aceitando-a e só fazendo o que pode. Sabe, reconhecendo que o seu tempo é curto.
Como você se sente agora?
Bumblefoot: Agora?
Estes dias.
Bumblefoot: Hm… com isso é sempre dias bons e dias ruins. Como agora, meu pescoço dói, mas você não pensa nisso. Agora é mais constantemente irritante ao invés de alucinante. Mas você aprende a colocar a mente na matéria. Você aprende a não só pensar nisso. Se não estivéssemos falando sobre isso, eu não estaria pensando nisso.
Grandes shows vs. pequenos shows:
Estávamos falando de viajar pelo mundo todo e coisas assim. Qual país ou cidade que você ainda não tocou com o
Guns N’ Roses, mais gostaria de tocar?
Bumblefoot: Eu gostaria de ir para as Filipinas, porque eu sei que nós temos fãs lá, e não tocamos lá. Onde mais? Há muitas áreas da Europa Oriental que ainda não fomos. Lituânia, Letônia, Estônia. Ucrânia. Os Bálcãs. Eu estava na Albânia e cai de amor com o lugar, as pessoas, a comida, as lindas montanhas e praias. É um lugar que eu adoraria tocar com o GNR. E todos os países ao seu redor, você sabe. Eu adoraria ir pra lá e tocar naquela área
também. Eu gostaria que pudéssemos começar a abrir para outros lugares na Europa. Eu gostaria de tocar no Paquistão, Cazaquistão. Onde mais? África! Precisamos tocar na África. Precisamos ir para o Marrocos. Precisamos
ir para a Tunísia. Devíamos tocar no Egito. Precisamos tocar na África do Sul.
Vocês deveriam tocar na África do Sul, certo?
Bumblefoot: Em 2007, sim.
Vocês fizeram shows em clubes nos Estados Unidos. Já pensaram em fazer isso por toda a Europa?
Bumblefoot: Com o Guns?
Sim, como pequenos lugares?
Bumblefoot: Eu adoraria! Pessoalmente, eu amo pequenos shows, porque é pessoal. Posso estender a mão, segurar minha guitarra e as pessoas podem tocá-la. Não pode fazer isso em um grande palco com uma barricada de seis metros de distância. E eu gosto da conexão. Eu gosto quando o público e a banda se sentem juntos como uma bola de energia.
Tocando para os desordeiros britânicos.
Eu vi vocês no O2 Arena em Londres em 2012, e foi provavelmente a multidão mais louca que eu já vi.
Bumblefoot: Reino Unido – eles são uns filhos da puta agressivos!
Havia brigas na platéia, e infelizmente tive que passar muito do show me preocupando com isso…
Bumblefoot: Evitando as pessoas e as coisas sendo jogadas?
Exatamente. Como isso afeta você, emocionalmente e em termos de performance, quando você está no palco?
Bumblefoot: Eu não gosto de ver o público lutando uns com os outros. Definitivamente não. Mas uma multidão barulhenta, agressiva, me faz querer saltar do palco e ir pro meio da multidão, às vezes. É quase como se eu gostasse da energia. Às vezes faz você ser mais agressivo. Eu me lembro, yeah – 31 de maio e depois 01 de junho, com Izzy?
Sim, eu vi o segundo.
Bumblefoot: Legal.
Eu já te vi cinco vezes, e esse se destacou em termos do quão turbulenta a multidão estava, definitivamente. Também vi vocês na Noruega e Paris e, em seguida, Dinamarca, claro. Uma multidão muito diferente da do Reino Unido, com certeza. Mas eu acho que é uma coisa geral com multidões do Reino Unido?
Bumblefoot: Eles são o mais ousados e desordeiros.
Por que acha que isso?
Bumblefoot: Eles precisam me dizer por que são. Sabe, acho que é só lá que eles fazem isso quando vão a um show. Eles chegam cheios de energia, e isso é como eles a libera. Há muitos lugares que são super energéticos. América do
Sul.
É com um espírito mais positivo, certo?
Bumblefoot: Sim, eles vão te surpreender, fazendo um banner com centenas de metros de largura, com alguma bela mensagem e coisas assim. Eles têm um tipo diferente de energia.
Guns N’ Roses com Chris Cornell ou Soundgarden com Axl:
Eu sei que você é um grande fã do Soundgarden. Você chegou a vê-los em algum show de reunião?
Bumblefoot: Infelizmente, não. Mas eu tenho amigos que viram, e eles adoraram.
Como você foi? A sua agenda?
Bumblefoot: Agenda. É.
Na verdade, eu achei que você tinha ido, mas de qualquer maneira. Qual música do Guns N’ Roses você gostaria de ouvir Chris Cornell cantando?
Bumblefoot: Essa é uma boa pergunta, deixe-me pensar! Se ele fosse cantar uma canção do Guns… (pensa por um longo tempo) Sabe, acho que precisamos escrever uma e fazer um dueto. É isso que precisa acontecer.
Entre Axl e Chris?
Bumblefoot: Sim! Isso seria incrível! Estou pensando em todas as músicas diferentes que poderiam coincidir com as suas vozes… Sabe, o que está aparecendo na minha cabeça é “If The World”. Eu podia ouvir Cornell cantando essa e soando como uma combinação com a sua voz.
Eu estava pensando na parte alta em “Shackler’s Revenge” com Axl fazendo a parte baixa.
Bumblefoot: Isso seria legal. Há um monte de coisas… Vamos trocar! Que música do Soundgarden você gostaria de ouvir Axl cantando?
Você está me perguntando?
Bumblefoot: Hã-hã! (risos)
Hum, deixe-me pensar… A primeira que vem à minha cabeça é “Spoonman”.
Bumblefoot: Isso seria legal. Que tal “Slaves And Bulldozers”?
Eu não sei essa… Eu não sou um grande fã de Soundgarden. Eu, principalmente conheço o “Superunknown”…Ironicamente.
Bumblefoot: “The Day I Tried To Live”? ou… vamos ver. “Pretty Noose”. Poderia ser interessante.
Você deveria trabalhar com isso. Você conhece o Chris pessoalmente?
Bumblefoot: Não. Conheço pessoas que tocaram com ele. Mas, yeah… Ótimo cantor. Meu Deus.
Pergunta final. Qual é a música que você não consegue tirar da sua cabeça esses dias?
Bumblefoot: Você sabe, isso tende a mudar.
Sim, mas agora.
Bumblefoot: Há uma que eu estava cantando por dois dias seguidos, e eu não podia tirá-la da minha cabeça. Eu tenho que tentar não pensar nela, porque se não ela fica na minha cabeça! ( pensa por um longo tempo) Bem, em casa nas estações de rádio locais, quando estou dirigindo, há uma instituição de caridade onde você doa seu carro. É chamada Kars4Kids, e eles têm essa canção. “1-877-Kars-4-Kids, 1-877-Kars-4-Kids, donate your car today!” E toda vez que ela é tocada, eu tenho que mudar, porque se eu ouví-la, eu vou tê-la ecoando na minha cabeça! Comercial do caralho! Fico com isso na cabeça e eu fico louco, tipo, em três dias, e eu vou, “paaaaaaara, para com isso!” e na verdade doei meu carro para eles, pensando que poderia ajudar, mas ainda está presa na minha cabeça! (risos)
Portanto, não é “Bat Macumba”?
Bumblefoot: Uau! Eu estava ouvindo isso!!!! Há uma semana! Eu toquei esse álbum inteiro d’Os Mutantes para uns amigos meus em Houston, e eu estava falando sobre essa música! “Bat Macumba ê ê! Bat macumba oba! Bat macum! Bat ma!”[…]
Retirado de: Mikkelelbech.com [Entrevista publicada no dia 10/10/2013]
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube