Primeiramente, a nossa equipe gostaria de agradecer à todos que participaram da promoção “Guns N’ Roses: Minha História, Minha Vida”. Onde se obteve, mais de 50 histórias muito emocionantes e que, não foi fácil de escolher a história que representasse os fãs da banda. Mas alguém teria que ganhar!
Então… Confiram a história que ganhou a promoção (escrita pelo nosso leitor Joelson Freitas):
“Fui jogado neste mundo de descobertas e escolhas. Nasci em uma família simples do sertão baiano, porém, nasci em São Paulo em 1975.
Em razão de minha origem, a cultura musical não poderia ser outra: sertanejo e forró, este último um pouco mais tarde.
Eu tinha apenas 13 anos em 1988, eu lá pelas tantas curtindo tudo sobre duplas sertanejas pela TV ou por um rádio antigão pela frequência AM achando que o mundo se resumia à isto, meu pai conseguiu um progresso: comprou um rádio portátil, meio antiquado hoje em dia, e moderno para a época onde descobri a frequência maravilhosa do FM.
Assim vi que existia muito mais estilos de músicas do que imagináva. Entre tantas diversidade de estações de rádio, me identifiquei pela Transamérica que na época era a bam-bam-bam.
Já familiarizado com ela, logo eu fui surpreendido por um som absurdamente diferente que jamais existiu na música sertaneja tampouco no que comecei a descobrir musicalmente.
Mas que som era aquele que sugava minha atenção naquele acorde inicial que evoluia a cada segundo?
De repente, surge aquele focal incrível…mas que banda seria essa?
Mais e mais questionamentos de algo desconhecido e surpreendente acontecia. Eu esperava ao menos o locutor comentar quais músicas acabara de tocar mas me deparei pela dificudade de saber “inglês” que eu não entendia nada e acabei nem entendendo o título da música, muito menos o nome do grupo. Restou para mim ficar na espectativa de ser tocada de novo aquela música espetacular!
Recordo-me que isso era muito recorrente até que um tempo depois já me familiarizando pela pronúncia, era algo que me lembro plenamente que eu entendia bem assim:
“suiti chai nu mai”…logo, “ganze rozis”…eu já me achava um entendedor do inglês!
Em meses diversificava outras músicas dessa tal “ganzes rozis” e aumentava minha curiosidade em saber mais sobre eles a cada canção que eu descobria, fui evoluindo meu vocabulário fantasiado da língua inglesa a cada título das musicas deles. Meu fanatismo começava a aumentar, mau sabia eu o quanto isso seria depois. Tempo mais tarde, lapidando minha compreensão e pronúncia, se tornou Gans eni Rosis…admito que faltava muito, mas assim fui aprendendo o que hoje, graças a essa admiração por esta banda consegui cada vez mais a aprender inglês e falar corretamente Guns ‘N’Roses!
Dito tudo isso, surgia mais descobertas e aprimoramentos: Em 1991, antes de ir à escola nos meus estudos na 5′ série, fui reprovado muitas vezes na primeira série, estava lá eu no banho e, pasmém, sempre ouvindo rádio nessas ocasiões antes de estudar à tarde para ter a música ressoando em minha memória dessa banda que me tornei admirador, antes do fanatismo absoluto, diga-se de passagem. Para mimha surpresa, logo ao entrar no banheiro, préviamente alertar que os ouvintes terião uma grande surpresa, uma novidade musical de uma grande banda!
Fiquei na espectativa mas nem imaginária que logo depois dos comerciais ela diz: – Preparem-se, lançamento mundial de uma música explosiva do Guns N’Roses chamada You Could Be Mine!
Meu coração acelerou e a batida da música completou meu dia. Meus amigos da escola perceberam uma vibração de alegria absurda e dos que já aguentavam meus assuntos de minha banda favorita se envolveram na novidade que eu contava a todos. E essa música solidificou e me tornou um fanático pela banda. E uma curiosidade, por eu ser muito tímido, me comunicava pouco com as meninas e alguns novos amigos que surgiria mais tarde graças à minha admiração pela banda, comecei a ser conhecido pela escola toda. Recordo-me de conhecer um cara chamado Alexandre que curtia Rock, eramos exóticos por sermos praticamente os únicos no estilo, mas ele era fã do Metallica. Assim, nos apresentamos e trocamos idéias musicais e ele não soube falar meu nome no primeiro dia que nos conhecêmos então me nominou como “Guns” e consequentemente o chamei de “Metallica” e assim os amigos “Guns e Metallica” se destacaram em sua respectivas salas de aulas para quase toda a escola. Sabiamos tudo de nossas bandas favoritas e influênciamos muitas outras pessoas por causa de nosso fanatismo. Nossas namoradas na época, odiavam nossas bandas mas acabaram se tornando grandes fãs guardando em seus cadernos fotos dos vocalistas e odiávamos isso, mas…
Essa nova música se tornou meu novo repertório então eu cantarolava o refrão da música e em um desses momentos meu pai observava sistemáticamente eu a cantando até que resolveu questionar isso dizendo:
-Joelson, que música doida é essa que fala direto que “No Cú Não Cabe Mais”. -Disse ele rindo em seguida.
Meus pais não entendiam nada de inglês além de curtir a famigerada música sertaneja que, diga-se de passagem, era até melhor se comparada à hoje em dia.
Eu não tinha emprego ainda, dependia da renda de meu pai em manter minha mãe, minha irmã e eu em nossa casa de aluguel.
Eu sempre emplorava para meu pai comprar o LP do GnR mas era sempre negação dizendo ser um disperdício ouvir “cachorro latindo” como ele brincava chamando o rock que eu aprendi a ouvir com outras bandas graças à minha descoberta pelo Guns.
Minha mãe ouvia sempre meu clamor e para minha surpresa, a cada mês, minha mãe pedia ao meu pai um dinheirinho a mais para ir juntando e comprar o tão sonhado LP dessa grandiosa banda que me fascinava tanto. Eis que ela disse:
– Hoje vou comprar o LP que você quer por ter passado de ano na escola como prometido!
Fiquei ansioso e ela comprou “Appetite For Destruction” e me surpreendi com outras músicas da banda que não conhecia. Minha mãe foi minha heroína, me possibilitando cada vez mais ter minha coleção e ela, por sua vez, não é que acabou curtindo também as músicas ao contrário de meu pai que odiava e é assim até hoje (risos).
Graças ao Guns N’ Roses, aprendi a falar inglês, ou dar início ao interesse em aprender essa língua. Também desenvolvi o interesse pela poesia, escrever muitos versos e meu amadurecimento musical e a fazer grandes amizades graças ao Rock N’ Roll e ser forte nas críticas de anti-Guns que nunca me fizeram desistir de amar GN’R. Nem mesmo a dissolução dos membros originais desse grupo me fez perder essa admiração.
Por fim, recordo-me que depois de anos esperando por novidades sobre a banda e foram então anunciados no Rock In Rio 2001, esperei ansioso e preparei dois vídeos-cassetes para garantir a gravação desse show de retorno em não perder nada de tudo que eu colecionava. Até chorei na quarta música tocada, acho que era “Live And Let Die” ao ver que os caras que aprendi a amar não estavam ali juntos no palco. Acho que o próprio Axl Rose deve ter percebido a emoção do público pois o próprio comentou estás palavras e para ter o bem entendimento do público, chamou sua manager Beta Lebeis, brasileira, para traduzir suas palavras, o sentimento que todos nós, até pela TV sentíamos naquele show.
Assim, meu amor foi respeitado, porém ferido mas cicatrizado de que pelo menos o Nome da banda continuará sendo pronunciado o que antes para mim era um tal de Ganzis Rozis se tornarem a banda que tanto amo Guns ‘N’Roses.
Obrigado Axl, Slash, Izzy, Duff e Steven por existirem para essa banda ter a alma que tem pela história do Rock N Roll e em minha vida”.
Em breve faremos outras promoções!
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube
4 comentários
Parabéns Joelson! Amei sua história que tem algumas minúsculas semelhanças com a minha ao contrário de você (por morar no RJ) eu não suportava o MENUDO, odiava o SERTANEJO e tinha verdadeiro pavor de É O TCHAN a La Carla Perez, eu sempre amei Rock e comprava Fita K7 para gravar minhas músicas preferidas porque eu gostava de tudo um pouco Led Zeppelin, Black Sabbath, Judas Priest,Scorpions, Kiss, Iron Maiden, Antthrax, Rolling Stones, Queen, Titãs, Ira, Cólera, Sepultura, Legião Urbana, Titãs, etc…, mas em 1989 eu entrava pela primeira vez em uma loja para comprar um disco pois naquele momento eu não queria ouvir apenas três ou quatro musicas do álbum pois eu havia apaixononado pelas 12 músicas de Welcome To the Jungle a Rocket Queen! Assim como você eu também era pobre e só fui ao Rock In Rio em 11/01/1985 aos 16 anos porque já trabalhava como recepcionista de dia e estudava a noite podendo então comprar meu ingresso e porquê o pai da colega do Colégio prometeu aos meus pais que se responsabilizava assim eu acreditei que o show da minha vida teria sido àquele do Queen até que em 23/01/1991 quando o GUNS N’ ROSES entrou no palco já sem o IZZY STRADLIN parecia que a arquibancada ia desabar! Não enviei minha história porque a minha não é inusitada e nem surpreenderia os administradores da página, a minha história é igual a muitas outras. A SUA É MARAVILHOSA! LÁ NO NORDESTE, SEM CONHECER ROCK E NEM A LÍNGUA INGLESA, DE REPENTE OUVIR A MUSICA NO RÁDIO E SE APAIXONAR, E MAIS, SE APAIXONAR PARA SEMPRE! LER A SUA HISTÓRIA NÃO DÁ VONTADE DE TE ADICIONAR “DÁ VONTADE DE TE CONHECER PESSOALMENTE!”
Ola, esse é o meu marido Joelson, estou muito feliz por ele, ele merece ele tem muita dedicação a esta banda maravilhosa.
Parabéns amore te amo muito.
Belo texto Joed’s !!
me emocionei muito com essa historia ,muito legal ver jente se apaixonando pelo ‘guns’ assim como eu, sou jovem e nunca fui a um show do ‘guns’ senpre sonhei de ir um dia,queria ter nacido na epoca da formaçao original da banda para ver Axl, Slash, Izzy, Duff e Steven juntos, mais tanbem gosto muito da banda atual, e parabens Joelson Freitas