Você lê abaixo a review escrita por Ellen Fortini do site The National dos Emirados Árabes sobre o show que o Guns N’ Roses realizou em Abu Dhabi na última quinta-feira, 28, na du Arena.
Para uma banda liderada por um vocalista que é notoriamente atrasado em seus shows, foi um sinal de boas-vindas e de grandes coisas quando o Guns N’ Roses subiu, na verdade Axl Rose, de fato, apareceu, prontamente ao palco da du Arena às 09:13 na quinta-feira noite.
Podemos perdoá-los por esses 13 minutos quando eles recompensaram nossa paciência com com duas e meia horas de alta energia de rock n’ roll. A formação era a mesma que da última vez que visitaram Abu Dhabi em dezembro de 2010, mas desta vez o show soou ainda melhor pela colaboração de longo prazo.
Como o guitarrista Ron “Bumblefoot” Thal disse ao The National no início da semana: “Nós nos tornamos uma família.” A banda foi gelificada, apertada e fez um show memorável. Cada pedacinho dele foi genuíno, mesmo Rose, que riu, sorriu, dançou, desfilou e girou pelo palco bem-humorado com o seu microfone.
Para um homem que é famoso por ser distante e que raramente faz aparições fora dos shows, as saídas de Rose do palco – e a infinidade de chapéus e óculos de sol e trocas de roupa – impressionou. Sem sincronia labial do cara – um artista físico, que correu às vezes sem fôlego – ainda sim Rose conseguiu acertar as notas certas o tempo todo, cada vez, provando que ele ainda pode rosnar, gritar e a rugir.
O show de 28 canções começou com a faixa-título e a primeira canção do mais recente álbum da banda, Chinese Democracy, lançado em 2008.
Em seguida, uma enxurrada sem parar dos hits mais conhecidos e preferidos dos fãs, incluindo Welcome to the Jungle, Mr Brownstone, Better e Rocket Queen, a encharcada de guitarra de Estranged, que não estava no set list de 2010, vieram antes do guitarrista Richard Fortus habilmente realizar um impressionante solo de guitarra.
O cover da banda Wings, Live and Let Die, que foi realizada pela última vez no mesmo lugar, pelo seu artista original, Paul McCartney, em 2011, com fogos de artifício de cair o queixo na du Arena, contou com pirotecnia similarmente cronometrada, dando à banda a oportunidade de prestar uma homenagem a McCartney sem superar a sua performance memorável. Continuando com os covers de rock clássico, o solo do tecladista Dizzy Reed foi uma versão em piano de No Quarter do Led Zeppelin.
O guitarrista Dj Ashba conectado com a multidão, empoleirado no alto, solicitando respostas e incentivando a cantarem junto. Um artista absolutamente original em uma posição de guitarra que indiscutivelmente substitui o membro original Slash, Ashba entrega o seu estilo pessoal e som na maioria das canções, incluindo o seu solo, Mi Amor.
É justo dizer que Ashba respeitou os mais conhecidos solos do Guns N’ Roses, tocando o que os fãs queriam ouvir da maneira que eles gostariam de ouvir, inclusive a balada Sweet Child O’ Mine. Rose foi ao piano para um cover de Another Brick in the Wall do Pink Floyd, que perfeitamente seguiu com a épica November Rain.
A banda tocou um cover da música de Thal, Objectify, com o guitarrista nos vocais antes de Rose retornar para a balada da era-Use Your Illusion Don’t Cry. Mudando de assunto, Rose, Ashba, Fortus, Thal e o baixista Tommy Stinson várias vezes se cruzaram no palco, correndo de um lado para o outro para despertar a multidão à cantar junto com eles o famoso cover do Bob Dylan Knockin’ on Heaven’s Door. A banda finalizou o set com Nightrain antes de retornar para um encore com a clássica acústica Patience, um cover do The Who The Seeker e terminando o show com a favorita da multidão, Paradise City.
Agora, 26 anos após o álbum Appetite for Destruction ser lançado, as canções ainda soam frescas. Músicas que foram gravadas originalmente por cinco músicos soam ainda melhor sendo realizadas por oito. Rose montou um Guns N’ Roses com rosto levantado que surgiu como uma mentalidade “melhor”. O som do GNR deste século é mais profundo, com três guitarristas e dois tecladistas, incluindo Chris Pitman, e completado pela potência do baterista Frank Ferrer. Cada membro traz o melhor de suas influências pessoais ao palco para criar um som eclético ligado aos conhecidos vocais de Rose. Estas são as razões pela qual, quase três décadas depois, o Guns N ‘Roses ainda enche estádios.
Retirado de: The National
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube
1 comentário
Realmente, as músicas gravadas originalmente por cinco músicos soam ainda melhor sendo realizadas por oito não simplesmente porque são oito mas sim PORQUE SÃO “ESSES OITOS: Ron Bumblefoot Thal, Dizzy Reed, Tommy Stinson, Chris Pitman, Richard Fortus, Frank Ferrer e DJ Ashba”.
SALVE O ATUAL GNR!