Terceira parte da entrevista de Slash à revista Rolling Stone Brasil:
Durante aqueles oito minutos, você viu alguma coisa? Alguma luz brilhante?
Não. Mas eu estava drogado demais [risos]. Se você vai passar uma quantidade de tempo morto, precisa estar superlúcido para ver algum sinal da vida após a morte e poder guardar essa lembrança quando acordar. Essa é a minha teoria.
Em geral, as drogas foram uma força boa ou ruim na sua vida?
Vamos colocar da seguinte maneira: eu não me arrependo de nada. Felizmente tive muita sorte. Não prejudiquei ninguém, não matei ninguém nem me matei. Então, posso dizer que sim, houve partes que eu aproveitei e partes que eu não aproveitei, mas olho para trás e vejo uma espécie de montanha-russa e não me arrependo de nada.
Você é visto como uma pessoa muito na boa. Qual a coisa que sempre te irrita?
Não vou contar para você [risos]. Não gosto de ficar agitado e raivoso, não gosto desse espaço mental. Precisa muito para me deixar puto da vida de verdade.
Do que você tem medo?
De dentista e de falar em público. Entrar em um trem de carga em movimento me assusta como assusta qualquer pessoa, mas se for para falar sobre duas coisas que não assustam todo mundo, são essas duas.
O que deixa você preocupado?
Tem todo tipo de coisa. Você se preocupa se os seus filhos vão conseguir ir bem na escola. Você se preocupa se a sua guitarra vai ou não estar afinada amanhã. Mas não sou uma pessoa que se preocupa muito. Não fico alimentando preocupações.
O que te deixa feliz?
Fico feliz quando as pessoas vão bem. Não vou dar nenhuma resposta grandiosa e detalhada para essas coisas. Acho que as mesmas coisas que deixam muitas pessoas felizes também me deixam feliz. Não sou um cara complicado.
Quando sua carreira pós Guns N’ Roses foi orientada pela determinação de ter certeza de que a banda não se tornaria a única coisa pela qual você seria lembrado?
Na verdade, não é assim. A minha motivação e a minha determinação são coisas que eu tenho de modo inato. A paixão pelo que eu faço é o principal catalisador, mas a capacidade de dar conta disso é como se fosse parte do meu DNA, não é uma coisa que faço de maneira consciente.
Sentiu algum medo de que sua carreira tivesse terminado quando saiu da banda?
Aquela foi uma questão de sobrevivência na época. Então não estava vendo desse jeito. Passei por vários anos em que eu não tinha nenhum objetivo em particular em relação ao que eu iria fazer em seguida, e foi assim duante a maior parte do resto da década de 1990. Muito disso simplesmente deriva do fato de que uma vez que eu sai pela porta de algo que fazia havia tanto tempo, que era uma instituição e que ficava dentro de uma bolha, eu fiquei feliz de estar livre – só fiquei vagando a esmo durante muito tempo.
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Retirado de: Revista Rolling Stone Brasil
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube
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