Quando a turnê por aqui começou a ser anunciada, a página fez uma postagem apontado para o possível esvaziamento do show em São Paulo por diversos motivos… Como estávamos errados! A princípio o local parecia realmente vazio, mas conforme íamos nos aproximando da hora do show, a pista ficava cada vez mais apertada. A abertura do show ficou por conta do péssimo Doctor Phoebes e do ótimo Plebe Rude. Uma de metal e a outra de punk, nada muito a ver com o Guns N’ Roses, mas ainda assim o Plebe Rude conseguiu se destacar e animar a plateia.
Assim que eles deixaram o palco, a equipe do Guns N’ Roses terminou de acertar algumas últimas coisas como as telas de LCD e logo depois começou a introdução com o tema da série True Detective, da HBO, começou. O show começou com a já conhecida energética sequência de início Chinese Democracy, Welcome To The Jungle, It’s So Easy e Mr. Brownstone. É uma prévia do que vem em seguida: só hits. Um atrás do outro. A banda depois mandou Estranged, música que Axl Rose canta mutíssimo bem independentemente das condições e a já clássica Better. Em seguida, outras conhecidas dos velhos tempos, Rocket Queen e Live And Let Die, música que realça a qualidade da produção de palco do Guns N’ Roses. Desde o fim de 2009, quando a banda saiu em turnê depois do lançamento de Chinese Democracy, o palco foi ganhando mais e mais atributos. Mais telas de led, mais mais telões, mais pirotecnia. O show do Guns N’ Roses é um espetáculo, e em termos de produção é batido apenas talvez por AC/DC e U2. Mas não é de luzes e fogos que se faz um show de Rock. Depois do clássico do Paul McCartney, Axl lavou a alma dos fãs com This I Love, balada que mostra que apesar de 52 anos nas costas, quando quer – ou quando pode – o vocalista ainda tem muita voz pra gastar.
Depois de mais alguns solos e momentos de descanso, a banda retornou com Catcher In The Rye. Há alguns anos seria raridade digna de manchete nessa página caso essa música fosse executada ao vivo, mas ela tem sido tocada em todos os shows da turnê até agora. Então mandaram You Could Be Mine, Sweet Child O’ Mine, November Rain, Don’t Cry, Knocking On Heaven’s Door, Civil War, Nightrain, Patience e Paradise City! Ufa! Seja honesto: falta alguma coisa? Há não muito tempo, a banda não tocava nem Don’t Cry, nem Estranged, nem Civil War e muito menos Catcher In The Rye. Há alguns anos, um setlist com todas as músicas juntas seria notícia nos sites do Guns N’ Roses mas, curiosamente, a banda tem tocado isso tanto, que já virou costume. Depois de Paradise City, a música de encerramento quando as luzes foi acesa foi Baby Blue, do Badfinger, música que toca no final de outra série famosa, Breaking Bad.
Agora, um raciocínio. Existem dois tipos de fãs de qualquer coisa: os casuais e os verdadeiramente fanáticos. Apesar de o Guns N’ Roses ter possivelmente a base de fãs mais adicta do mundo, tem que se entender que a grande parte da plateia é formada por fãs casuais, que foram ao show para ouvir tudo que foi tocado. Nada mais, nada menos. Claro que a equipe desse site, fanática como é, gostaria de ter ouvido Oh My God e Shackler’s Revenge. Mas a troco de quê? Qual música a banda poderia cortar que não fosse decepcionar praticamente a plateia toda salvo um fã aqui e outro ali?
Esse é um show perfeito do Guns N’ Roses. Talvez se se parasse de dividir a banda entre OldGNR e NewGNR se entenderia que a banda tem um catálogo geral e cujo setlist deve ser totalmente abrangente. Ninguém culpou o Led Zeppelin de ter tocado só os clássicos no Celebration Day em 2007, em vez de alguns deep cuts do último álbum deles, Presence. Se você fosse a um show dos Rolling Stones hoje ficaria decepcionado se a banda deixasse de tocar Satisfaction ou Start Me Up para executar alguma raridade que um ou dois caras na plateia conhecessem. Fui num show da banda independente Teatro Mágico uma vez. Eles aproveitaram a oportunidade para tocar o álbum novo na íntegra. Foi horrível. Ficou faltando, digamos, praticamente todo o catálogo conhecido da banda. Se três caras na plateia curtiram o show, foi muito. Claro que para quem acompanha todo show da banda, fica cansativo, mas não sejamos egoístas. Existem dezenas de milhares lá conosco que pagaram o mesmo preço do ingresso para ver o que banda faz. E tem mais, reitero o que disse acima. Pegue os setlists de 25 anos atrás. Eram shows curtíssimos. Pegue até mesmo os de 10 ou 5 anos atrás. Don’t Cry, Estranged, Civil War e Catcher In The Rye no mesmo show? Tem muita gente reclamando de barriga cheia. O show do Guns N’ Roses em São Paulo, e honestamente, em toda a turnê, tem sido perfeito e exatamente o que se espera de um show da banda: tecnicamente perfeito, longo, abrangendo todas as fases, tocando todos os hits e clássicos, e até dando uma palinha com uma raridade – Catcher In The Rye – e até mesmo uma bela homenagem a Ayrton Senna.
12 comentários
Concordo com tudo escrito aqui, e acho que deveria ser enviado para a crítica da UOL que na minha opinião não estava no show do Guns em SP para ter metido o pau e criticado tanto um show que foi perfeito e emocionante.
fui no show em são paulo e foi a noite mais maravilhosa que tive,sonho realizado depois de 28 anos,amando o axl rose!!!estava tudo perfeito
Foi maravilhoso mesmo, estou muito feliz por ter vivido isso! Guns é foda demais!
Show absurdamente foda. Mas nessa resenha vocês precisavam ter falado sobre o palco. POR QUÊ estavam faltando as laterais do palco? Fui na fila quinta à noite, sofri pra caramba mas a ‘grade garantida’ alimentava minhas forças. Aí os portões abriram, corri como um louco e peguei grade, mas na frente do telão. Lugar perfeito se tivessem as laterais como em todo show. Só deu pra interagir legal com o Bumblefoot e pra sofrer com o Ashba jogando mil palhetas a três metros de mim. Enfim, o show foi perfeito, só que pela montagem do palco fiquei com aquele gostinho de que poderia ter sido mais ainda.
Tenho 36 anos amo GNR desde a minha adolecencia ,pra mim o GNR é a melhor,o AXL continua perfeito ,e o show, meu Deus o show foi OTIMO ,FANTASTICO,realmente deve ter muita gente que foi so pra dizer que vai a show de rock,ouvi algumas pessoas na fila dizendo ,o cara ta veio nao canta mais nada,,entao porque vão…?Pra mim foi otimo
realmente Doctor Phoebes é mt ruim apesar de ter um guitarrista mt bom, mas PLEBE rude foi um tremendo erro, e eles deixaram claro o desprezo da banda com o gênero hard rock, eu pelo menos senti a ironia deles várias vezes.
Perfeitamente descrito TUDO o que foi o PUTA show do Guns. OS CARAS SÃO OS MELHORES!!!!
O show aqui em São Paulo foi PERFEITO mesmo!!! Muito emocionante!!! Melhor show da minha vida!
Eu estava lá…assino em baixo, estava perfeito!!A voz do Axl estava ótima e a play list das melhores!! Valeu a espera!
Pelo visto não irei ver Sorry,There Was A Time e Madagascar em terras canarinhas…
Engraçado, o SET de SP é tão igual quanto o de BH, e diga-se de passagem foi um show muito bom. Realmente fiquei um pouco decepcionado pois o show de SP em 2010 foi muito mais animado do que o de 2014.
SHOW MUITO FODA!!! o melhor que ja fui…Axl simplismente ‘imbatível’ em performance e presença de palco, ele é uma estrela a parte!! a formação atual do GnR esta sensacional com a simpatia do Bumblefoot e genialidade do DJ Ashba e Richard Fortus… bem que poderia ter pelo menos ter mais um SHOW em SP… pagaria novamente…