O site da revista Glide Magazine conduziu recentemente, uma entrevista com o Dizzy “Fucking” Reed. E a equipe do Axl Rose – Fã Clube separou, os trechos mais importantes desta entrevista. Confira abaixo:
“Glide Magazine: Sobre gravar com o Guns N’ Roses. O que mudou desde a primeira vez que você gravou com eles?
Dizzy Reed: Acho que a primeira vez que gravei com eles foi a mais complicada. Estávamos fazendo o Use Your Illusion e havia uma porrada de material. Apenas a pré produção durou um ano e depois gravamos tudo. Se fosse em vinil, eu acho que teria sido como quatro ou cinco gravações de uma só vez. Era apenas um monte de coisas. Em seguida, demorou muito tempo até nós decidirmos tudo, encaixar as coisas e etc.
Mas eu acho que com o Dead Daisies, nós demos um prazo para nós mesmos, e nós estávamos no meio de uma turnê. Nós realmente não podíamos nos dar muita liberdade. Foi como, “Nós temos dois dias para escrever algumas músicas. Vamos fazê-las!”, então nós tivemos alguns dias para gravá-las, colocamos as faixas básicas, então viemos aqui e tínhamos 3 dias para fazer os overdubs. Mas foi apenas três ou quatro músicas ao invés de cinquenta. Então, isso é uma grande diferença. Mesmo se você estiver apenas fazendo um álbum, isso obviamente vai levar um bom tempo. Eu estava definitivamente mais envolvido com o processo de gravação do Dead Daisies, e com o Chinese Democracy do Guns também, no processo de escrita. Com o Dead foi tipo “entrar e fazer” e com o Guns foi basicamente a compilação de uma biblioteca, tudo em um tiro só.
Glide Magazine: Você se arrependeu de não ter ido a cerimônia do Guns N’ Roses no Rock & Roll Hall Of Fame?
Dizzy Reed: Não, eu não me arrependo. Você sabe, eu, Axl e Izzy, nós tomamos uma decisão. Ainda existem algumas coisas que eu não entendo sobre isso. Houve uma oposição a respeito de uma apresentação com a atual formação, o que eu acho ridículo, pois Tommy Stinson está na banda há 16 anos, Richard há 12. Basicamente, a maioria desses caras de hoje estão na banda há mais tempo do que os que estavam na cerimônia. Então, isso não faz qualquer sentido para mim. Eu não entendia quem estava por trás disso ou por que tinha que ser assim.
Mas eu quero dizer o seguinte: ser aceito no Hall Of Fame e ser comunicado de que eu estaria na lista de caras aceitos me deixou muito honrado mas eu, pessoalmente, eu não acho que sou digno. Mas foi uma honra ter sido mencionado. Mas, novamente, o line-up e questões que nós poderíamos levar apenas um convidado lá me deixaram com um pé atrás. Se eu levasse mais do que um convidado, eu teria que pagar o preço dos bilhetes, e não é barato. Por exemplo, eu poderia levar a minha mãe, mas não meu pai. Eu poderia levar minha esposa, mas não meu filho. Eu poderia levar só um dos meus filhos. Eu poderia levar meu irmão, mas não meu melhor amigo. Eu não sei, eu estou coçando a cabeça: Pra onde vai esse dinheiro? (risos). Será que Rod Stewart ou Meatloaf tem esse problema? Então, sim, havia apenas algumas coisas que eu não entendi muito bem e outras que não puderam ser atendidas, então eu tinha bons motivos para fazer o que fiz. Foi o que foi e eu não me arrependo.
Glide Magazine: Quando você se juntou ao Guns N’ Roses, qual foi a coisa mais difícil nisso, por se tratar de uma banda tão popular?
Dizzy Reed: A coisa mais difícil foi tentar ganhar aceitação. Primeiro, da banda, por que Axl realmente me queria na banda e ele disse que era assim que ia ser. Você sabe, na verdade nós tínhamos falado sobre isso alguns anos antes da banda se tornar grande, e eu acho que os outros caras não estavam realmente tão entusiasmados com a ideia de ter um sexto membro na banda. Quando eu entrei ainda eram todos os cinco caras originais. Mas eu acho que com o tempo eles começaram a perceber que eu poderia contribuir para a música e eu não era um cara tão mau para se ter por perto (risos). Lentamente eu fui ganhando a aceitação deles. Mas, em seguida, levou um longo tempo para um monte de fãs realmente aceitarem o fato de que eu estava na banda. Alguns anos, na verdade. Mas agora já faz 23 anos e eu ainda estou na banda.
Glide Magazine: Você tocou o clássico “No Quarter” na residência do Guns N’ Roses em Vegas ano passado. Por que essa música?
Dizzy Reed: Bem, Axl começou a me pedir para fazer esse pequeno trecho há algum tempo naquela parte do show. E ele meio que jogou isso pra mim no último minuto, sabe. Na verdade eu iria apenas lá tocar o que eu queria, ou então eu trabalharia alguma música dependendo de onde estávamos, como quando estivemos na Suécia, onde eu toquei a música “SOS”, do ABBA, por que eles são uma banda sueca, e funcionou. Todo mundo cantou junto e então eu comecei a trabalhar um pouco mais nela. Eu a mudei um pouco com o decorrer dos anos. Eu tento não fazer a mesma música no mesmo lugar na próxima vez que tocarmos lá. Se nós formos para os Estados Unidos, eu provavelmente não tocaria essa música de novo. Mas ele é um baita som de teclado do Led Zeppelin. Eu gosto de ter a banda comigo quando toco, e se você apenas mencionar “Led Zeppelin” para qualquer baterista, ele ficará animado (risos). Eu contei ao Frank Ferrer e ele disse: “Claro que sim, eu vou tocá-la com você”. Mas sim, eu meio que tirei da cartola e pensei em fazê-la.
Glide Magazine: O The Dead Daisies meio que surgiu do nada, mas parece estar construindo uma legião de seguidores. Como você se envolveu com eles?
Dizzy Reed: Você sabe, quando o Guns N’ Roses estava em turnê na Austrália, Richard Fortus estava fazendo alguns shows com eles nos dias de folga. Quando ele me contou quem estava na banda, ele disse, “Você sabe, Marco Mendoza está tocando baixo,” e eu já conhecia Marco antes, nós fizemos alguns jams juntos e eu sempre quis fazer algo com ele. E Richard disse que Jon Stevens está cantando e eu disse, “Você está brincando, eu conheço Jon.” Eu o conheci alguns anos atrás quando ele estava no INXS e eu sempre achei que ele era incrível e mandava muito, você sabe. Nós saímos depois do show e conversamos sobre fazer algo em algum lugar, mas nada muito sério. E eles me falaram que Charley Drayton estava tocando bateria e eu sempre quis tocar com Charley, então eu disse, “Caras, vocês não precisam de um tecladista?” (risadas). Mas o gerente de produção deles é também um grande amigo meu então eu sei que quando eles fizeram os planos da turnê o meu nome pairava por ali. Então Richard me ligou e eles queriam que eu me juntasse a eles e eu disse, “Claro, com certeza”.
Glide Magazine: O Richard e o Jon disseram que vocês tem feito algumas gravações. Como isso tem ido e com o que você tem contribuído?
Dizzy Reed: Bem, eu contribuo com um monte de zoeira (risadas). Não, eu faço um pouquinho do que eu posso. Eu tenho trabalhado em estúdios de gravação e escrito músicas e algumas coisas para pessoas diferentes, pro Guns N’ Roses, por um longo, longo tempo. Então eu meio que faço tudo o que posso, mas sim, nós escrevemos algumas músicas e nós finalizamos isso em Nova York e Los Angeles.”
Para conferir a entrevista na íntegra (Em inglês) – CLIQUE AQUI
Traduzido por: Felipe Barbieri
Retirado de: Glide Magazine
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube
2 comentários
adorei a entrevista estou esperando os show dos guns n roses e quem sabe ate mesmo aqui no brasil seria um máximo
Adorei saber mais esse detalhe da Premiação do Rock & Roll Hall Of the Fame sobre a questão do limite de convidados dos premiados e é muito justa a analise que Dizzy Reed faz sobre a injustiça de deixar o Fortus com 12 anos e Stinson com 16 anos de Banda de fora do evento! Muito pertinente o comentário de Dizzy!