Nesta segunda-feira, 21 de julho, o álbum “Appetite For Destruction”, do Guns N’ Roses, completa 38 anos. Lançado em 1987, o disco de estreia da banda de Los Angeles foi um verdadeiro soco na cara da cena musical da época, trazendo de volta a sujeira, o perigo e a intensidade do hard rock em uma era dominada por produções mais polidas. Em sua estreia, o grupo comandado por Axl Rose e Slash cravou seu nome no panteão do rock com uma obra que até hoje soa urgente e inflamável.
Com faixas como “Welcome to the Jungle”, “Sweet Child O’ Mine” e “Paradise City”, o álbum não apenas estourou nas paradas, vendendo mais de 30 milhões de cópias ao redor do mundo, como também se tornou uma espécie de retrato cru da vida nas ruas, das tentações do estrelato e dos excessos de uma geração. A sonoridade era suja, os riffs eram cortantes e as letras destilavam provocação e vício, tudo com a intensidade de quem não tinha nada a perder.
Mas nem só de hits viveu “Appetite For Destruction”. Sua capa original causou polêmica pesada: o desenho, criado pelo artista Robert Williams, mostrava uma mulher aparentemente violentada e um monstro metálico, o que levou grandes redes de lojas a se recusarem a vender o disco. Por conta disso, a Geffen Records rapidamente substituiu a arte pela famosa cruz com caveiras representando os integrantes da banda, imagem que se tornou um dos ícones mais reconhecíveis do rock. Sobre a capa original , mais tarde a banda disse que ela era “uma declaração social simbólica, com o robô representando o sistema industrial que está estuprando e poluindo nosso meio ambiente”.
Quase quatro décadas depois, “Appetite” continua sendo uma das estreias mais explosivas da história. Um clássico que capturou a essência do caos e mostrou ao mundo que o rock ainda podia soar perigoso e gloriosamente fora de controle.