O ex-baterista do Guns N’ Roses, Steven Adler, foi recentemente entrevistado por Ugly Phil, da rádio Triple M da Austrália. Leia alguns trechos da conversa a seguir.
Sobre conhecer Axl Rose:
Steven: “Eu e o Slash estávamos andando pela Sunset Boulevard uma noite, e havia panfletos por toda a calçada, porque naquela época, todas as bandas distribuíam panfletos. Notamos esse panfleto, pegamos e olhamos para ele, e dissemos: ‘Esses caras parecem muito legais’. Então, fomos vê-los, e lá estavam Axl e Izzy e mais dois caras. Eu disse ao Slash: ‘Se conseguirmos o vocalista e o guitarrista e Duff [McKagan], teremos a maior, a maior banda de rock n’ roll de todos os tempos. E no dia seguinte, eu conheci Izzy, e quando eu estava saindo da casa de Izzy e indo para o apartamento dessa garota que todos nós costumávamos sair, Axl estava andando do outro lado da rua. Eu parei ele no meio da rua e disse: “Cara, você não é aquele cantor que se apresentou ontem à noite no Gazzarri? Você estava demais. Eu tenho esse guitarrista e baixista que gostaria de apresentar a você.” Assim que nos reunimos, foi mágico. Foi perfeito.”
Sobre se ele acha que Axl fez um “favor” ao demiti-lo:
Steven: “Partiu meu coração, cara. Não, ele não me fez um favor. Não fez nada além de partir meu coração e partir milhões de corações dos nossos fãs. Isso foi tudo o que aconteceu. Então eles expulsaram o Izzy… É assim que eu vejo o Guns N’ Roses, com nós cinco. Meio que assamos uma torta por cinco anos. Todos os anos, entravamos em um concurso de torta diferente, e todos os anos ganhávamos. No sexto ano, eles decidiram colocar um ingrediente diferente, e então não ganhamos o primeiro prêmio, nós cinco que fabricamos os ingredientes que nos tornaram ganhadores, e se você tira um desses, não é o mais o mesmo. Se você ouvir ‘Use Your Illusion’, eu toquei em ‘Civil War’, e é a última música que eu gravei com eles, e é inegável que quando ‘Civil War’ acaba e a próxima música começa, é uma banda completamente diferente. Isso partiu meu coração, porque eu e Slash crescemos juntos. Nós nos conhecemos desde que tínhamos 12, 13 anos e esse era o nosso sonho. Eu não tenho mais ressentimento, porque se eu tivesse ressentimento por eles, eu ainda estaria bebendo e drogado. Eu aprendi a não levar as coisas para o pessoal; a não fazer suposições; apenas fazer o meu melhor, não mais, nem menos; e ser impecável com a minha palavra. Estou tentando fazer o meu melhor. Eu amo eles, e eu sou tão grato que preciso fazer o que eu tenho feito. O grande Freddie Mercury disse uma vez: “um ano de amor é melhor do que uma vida inteira sozinha.” Pelo menos eu fiz parte dessa magia. Nos anos 80, havia um milhão de bandas, mas eu estava na banda que tinha os garotos mais legais da escola. Nós éramos a banda que todos os outros músicos queriam estar.”