O baixista Tommy Stinson não perdeu nada de sua personalidade feroz desde seus primeiros dias com o The Replacements.
Se o ícone do rock, Axl Rose, estivesse distribuindo prêmios por tempo de serviço para seus companheiros atuais de Guns N’ Roses, Tommy Stinson, na banda desde 1998, seria um dos principais homenageados da lista de honrarias.
Comparando com os demais membros, apenas o tecladista Dizzy Reed, que entrou em 1990, dedicou mais anos de serviços à banda do que Stinson.
Compromisso e longevidade são coisas difíceis de se encontrar atualmente no cenário do Rock, mas, surpreendentemente, Stinson percebeu que sua vida não poderia estar melhor que agora, junto ao Guns N’ Roses.
Em entrevista na manhã de segunda-feira no JW Marriott Hotel. em Kuala Lumpur, o “Stinson fácil de lidar”, 46 anos, brincou dizendo que ele ainda tem que ganhar de Axl Rose um relógio por tempo de banda, mas que ele não é muito mimado.
“Eu acordei hoje e pensei, -cara, isso é muito tempo para estar em qualquer banda que seja-“, disse Stinson, balançando a cabeça sem acreditar em seus 16 anos atuando com uma das bandas mais tradicionais do Rock.
Sobre sua segunda xícara de café da manhã, o baixista, nascido em Minneapolis / Minnesota, nos Estados Unidos, estava mais do que ansioso para falar sobre sua carreira no Guns N’ Roses e também sobre seu passado ilustre como um dos pioneiros do Punk de garagem. junto com o The Replacements na década de 80.
“Voltando no tempo, as duas bandas estavam de lados completamente opostos. Eu não sabia muito sobre o Guns N’ Roses. Eles nunca tinham existido para nós, porque o The Replacements vinha de uma cena totalmente diferente”, disse ele.
Nesta turnê, Stinson revelou que ele voltou a ouvir bandas alternativas dos anos 80, como Mission Of Burma X e Dinosaur Jr.
“Eu comprei alguns desses álbuns novamente e a música ainda faz sentido, especialmente os primeiros álbuns do X (banda Punk das Califórnia), como Los Angeles e Under The Sun Big Black”.
Stinson foi bem sóbrio quando falamos sobre o tempo de estrada da atual tour, Appetite For Democracy. Esssa é a tour que desembarcou na Malásia para um show após Grand Prix de Fórmula 1, em Sepang, no último domingo.
Na verdade, a banda tem estado em turnê desde a chegada do tão aguardado album Chinese Democracy, no fim de 2008.
“Temos de começar a pensar em fazer um novo album. Sabe, é o momento. Nós viajamos ao redor do mundo em turnê de um album por tempo suficiente”, disse Stinson. “Eu realmente não sei se existem viagens que não tenhamos feito promovendo esse album pelo menos… umas duas vezes, sério! É provavelmente um bom momento para voltar e escrever algumas músicas novas.”
Da última vez, Axl Rose e o GN’R gastaram 15 anos entre o lançamento de 2 álbuns, The Spaghetti Incident? em 1993 e Chinese Democracy em 2008.
“Eu acho que quando voltarmos para os EUA, teremos alguns poucos fim de semana antes de voltar à correria … E acho que devemos dar ao pessoal um tempo para escrever material novo.”
A espera torturante de um álbum novo Guns N’ Roses deixou muitos fãs fatigados até a saída do Chinese Democracy. O álbum não rendeu somente opiniões favoráveis, mas ano passado o Guns N’ Roses, especificamente Axl Rose, recebeu elogios pela atuação da formação atual da banda na tour.
“Utilizar a música para passar por cima das merdas, isso é o Guns N’ Roses. Mas eu não acho que gastaríamos a mesma quantidade de tempo para fazer outro album. A razão pela qual levou tanto tempo foi porque Axl estava meio que tentando montar a banda certa no mesmo momento que o album era gravado … então você tinha um monte de caras novas chegando e coisas mudando.
“Espero que cada um de nós escreva uma música ou duas, jogue-as na bagunça, e então vamos todos juntos para um estúdio … em curto espaço de tempo, espero. Esse é o objetivo. Nenhum de nós tem mais 10 anos para gastar fazendo apenas um disco, entende? ”
A parte difícil é encontrar o momento certo para gravar material novo do Guns N’ Roses. Como acontece com qualquer banda moderna, há projetos paralelos a considerar e as coisas ficam ainda mais difíceis quando cada membro ruma para uma parte diferente dos EUA.
“Essa é a parte mais difícil, quando todos se espalham … Eu vivo em Nova York, DJ Ashba vive em Las Vegas, Axl em Malibu… Você sabe, se todo mundo escrever uma canção e juntarmos para gravar essas oito músicas, teríamos o bastante para um álbum. Pois temos algumas músicas que sobraram do último album. Nós podemos viabilizar um registro rápido … isso pode acontecer. Mas nós apenas temos de aceitar isso: nossa arte é um obstáculo tão grande quanto qualquer coisa”.
Antes de agitar o Circuito Internacional de Sepang, o Guns N’ Roses fez uma turnê australiana com poucas polêmicas e comentários corriqueiramente positivos sobre os shows.
Stinson também foi direto quando perguntado sobre sua relação com Axl Rose.
“Ele é um vocalista de uma banda e ele é um amigo … temos, você sabe, uma relação de trabalho de 16 anos. Ele é muito divertido para brincar, ele é um grande artista e ele é uma força que deve ser reconhecida”, acrescentou com naturalidade.
E os críticos finalmente estão pegando leve com Guns N’ Roses?
“Se você pensar, historicamente o Guns N’ Roses nunca foi uma banda querida pela crítica … críticos sempre estarão por todos os lados, isso não é muito importante. Eu estive no The Replacements e viramos os queridinhos da crítica de um dia para o outro. E tipo, isso não nos ajudou a vender porra nenhuma. Você sabe, isso pode ter significado alguma coisa, mas, nos ajudou a vender álbuns? Não.”
Tradução/Retirado de: Vargas/PerfectCrimeGNR.com
Publicado por: Axl Rose – Fã Clube
1 comentário
Ele esta certo, os críticos não ajudam a vender CDs e nem a enher os estádios. Nós e mais de um bilhão de gente pelo mundo inteiro amam o GNR e nenhum crítico ou musico de outra banda com os seus conceitos pessoais sobre AXL ROSE e o GNR mudarão isso!